Nos beneficiamos na prática de yoga com vários àsanas de equilíbrio. Praticamos os àsanas para haver uma interação entre o corpo e a mente, entre a mente, inteligência, alma e espírito. Se conseguirmos equilíbrio físico, atingiremos equilíbrio mental, emocional e espiritual.
Em sânscrito os nomes para Equilíbrio Físico é saririka santulan, Equilíbrio Fisiológico é aindriyika santulana, Equilíbrio Mental é manasika santulana, Equilíbrio Intelectual é bauddhika santulana e Equilíbrio da Alma e Espírito é atmika santulana.
O órgão responsável pelo equilíbrio do nosso corpo é a nossa orelha, também chamada de ouvido. A orelha é externa e interna. Na parte interna encontra-se o aparelho vestibular, conhecido como labirinto, formado pelo utrículo, sáculo e pelos canais semicirculares.
Conforme o líquido do labirinto se movimenta este transforma a informação para o cérebro para manter o corpo equilibrado.
Problemas no labirinto geram desconforto como tonturas e náuseas:
Para quem não conhecer, o labirinto é a região da orelha interna constituída por um tecido ósseo e ligada às funções de audição e de equilíbrio do corpo.
Então práticas de yoga que utilizem giros precisam ser feitas com muito cuidado para evitar tais desconfortos. E nos casos de pessoas que apresentem histórico de labirintite precisam ser dados àsanas que respeitem esta condição e através da prática de yoga ajudar na melhora.
Existem muitos àsanas (posturas) de equilíbrio feitos com as mãos, como por exemplo Bakasana (postura do corvo ), Pincha Mayurasana (postura do pavão), etc. mas neste texto vou falar especificamente sobre os àsanas de equilíbrio que começam com uma base segura que são nossos pés.
Nós, seres humanos, somos bípedes. A partir do primeiro ano de vida começamos a caminhar utilizando a força dos nossos membros inferiores, pés e pernas.
No entanto, nossos pés são relativamente pequenos para sustentar e equilibrar o corpo. Somos seres pouco estáveis pois temos em relação a outros animais do nosso planeta uma base de apoio menor, um centro de gravidade maior e proporcionalmente o cérebro mais pesado que se equilibra sobre o resto do corpo.
Nossos pés tem uma estrutura que pode ser representada por um triângulo. Com ossos, músculos e arcos que se adaptam aos mais diversos tipos de terrenos e que suportam o peso do corpo. Portanto, a importância de trabalhar posturas que trabalham os ossos, músculos e ligamentos dos pés e tornozelos são necessários para restabelecer a força e o equilíbrio.
Esta força sobe dos pés para os tornozelos, os músculos e ossos das pernas, assoalho pélvico , glúteos e abdômen e ajusta os músculos das costas e a coluna vertebral para nos mantermos eretos, para podermos caminhar e corrermos. Há profissões e esportes que exigem um longo tempo em pé, e no caso de atletas performances em caminhadas ou corridas.
Quanto mais força e motricidade conseguirmos com os nossos pés e pernas é melhor pois as posturas de equilíbrio também fortalecem a ação do Sistema Nervosos Central e Sistema Nervoso Periférico.
É importante ressaltar que o equilíbrio psicossomático que adquirimos através da prática de Yoga em uma sala de aula, nós levamos para as nossas ações no mundo. Conquistamos assim maior saúde e vitalidade para as tarefas do dia a dia e também maior liberdade de ir e vir.
Referências Bibliográficas:
A Sabedoria e a Prática de Ioga – Iyengar, B K S – Editora Publifolha
Anatomia da Yoga – Kaminoff, Leslie – Matthews, Amy – Editora Manole
Corpo Humano – Zorzi, Rafael – Starling, Iriam Gomes – Editora Senac